- Alex Reissler
- 19 de agosto de 2024, às 13:20
O primeiro estudo executado em larga escala sobre a redução da jornada de trabalho de cinco para quatro dias mostra ganhos para empresas e funcionários.
A organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global, da Nova Zelândia, acompanhou 33 empresas ao redor do mundo e nenhuma delas pretende voltar ao padrão de cinco dias.
É importante ressaltar que apesar da diminuição de horas de trabalho, os salários dos funcionários não sofreram alterações.
Os dados do estudo foram coletados de empresas dos Estados Unidos, Irlanda e Austrália. Durante 10 meses, 969 funcionários foram acompanhados.
Conforme relato da Bloomberg, a pesquisa mostrou aumento médio de 8% na receita da empresa, indicando crescimento saudável durante a transição. As organizações classificaram o impacto dos cronogramas de quatro dias como positivo, com média de 7,7 em uma escala de dez pontos.
O diretor de estratégias da empresa de financiamento coletivo Kickstarter, Jon Leland, fez parte do experimento. Após a conclusão, em setembro, resolveu adotar permanentemente um cronograma de quatro dias para os 100 funcionários.
"Definitivamente vimos níveis de engajamento muito mais altos entre os colaboradores – os maiores que já registramos.”.
Embora os resultados na pesquisa mostrem resultados positivos, deve-se levar em consideração que todas elas toparam participar, o que mostra que já estavam considerando reduzir a jornada de trabalho.
A princípio, os empregados não eram favoráveis à ideia, mas, ao final, 90% deles aprovaram a proposta, relatando melhorias no sono, ansiedade e estresse.
A melhor qualidade de vida fez com que estivessem mais livres para fazer exercícios físicos, com aumento de 24 minutos por semana. Os funcionários também relataram menos conflitos entre o trabalho e a família e uma menor frequência de cansaço na hora de realizar tarefas domésticas.
Na pesquisa, também foi observado que o tempo extra não foi usado para empregos secundários, mas sim para hobbies, tarefas domésticas e cuidados pessoais.
Fonte: Contábeis