- Ricardo Buzzo
- 13 de janeiro de 2023, às 13:02
A Black Friday 2020 confirmou a expectativa de especialistas por uma ampla digitalização por conta da pandemia. Segundo dados da Linx, a semana inteira, popularmente conhecida como "Black Week", foi o destaque da edição deste ano, registrando crescimento de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando a estratégia dos varejistas em estenderem as promoções para impulsionar a recuperação de vendas.
O mês completo, ou "Black November", aumentou seu faturamento em 70% na comparação com 2019. Já as vendas digitais nas 24 horas da Black Friday saltaram 32% em relação ao ano passado.
Acompanhando o aumento geral de vendas, os consumidores também colocaram mais a mão no bolso. Neste ano, no dia 27 de novembro, o ticket médio dos compradores online cresceu 3,5%, chegando a R$ 673,00, puxado pelas categorias mais vendidas: smartphones (30%) - que também foram os queridinhos das compras em 2019 -, eletrodomésticos (18%), TVs (11%), informática (10%) e ar e ventiladores (5%).
A companhia registrou também crescimento de 19% no volume de buscas online de produtos nas 24 horas da sexta-feira promocional, alcançando a marca de 48 milhões - desses, os smartphones também lideraram o interesse (27%), seguidos de tênis (11%), TVs (5%), geladeiras (5%) e fogões (4%). Somando todas as soluções da Linx, o pico de requisições por minuto chegou a 3,9 milhões. Os aplicativos ganharam mais destaque entre os canais online, sendo responsáveis por 19% das vendas totais, um salto de 16% em relação a 2019, impulsionando o total de vendas mobile, que atingiu 40% da receita total dos pedidos, um aumento de 5% no período.
As opções de compra e entrega também refletiram a realidade de isolamento social da pandemia. As soluções de omnicanalidade, que permitem aos clientes realizarem a compra em um canal e receberem por outro, alcançaram expressivos 69% de crescimento. O destaque do ano ficou por conta da modalidade de compra online com envio a partir da loja mais próxima, proporcionando maior agilidade na entrega, com salto de 142% em relação ao ano passado e representando 57% do total de pedidos. Na contramão, as compras online com retirada na loja física sofreram queda de 38%, com os clientes evitando ir às lojas, modalidade que representou apenas 5% das vendas.