- Ricardo Buzzo
- 26 de novembro de 2019, às 20:47
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os dados mais recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), indicando um crescimento significativo de 0,6% nas vendas do comércio varejista no Brasil em setembro. Este aumento segue uma variação negativa de 0,1% em agosto, revelando uma reviravolta positiva para o setor.
O volume de vendas não apenas reverteu a tendência de queda, mas também registrou altas expressivas de 3,3% em comparação com setembro do ano anterior. No acumulado do ano, o varejo apresentou um aumento de 1,8%, e nos últimos 12 meses, uma elevação consistente de 1,7%. Esses números refletem a resiliência do setor, apesar dos desafios econômicos.
O destaque desse crescimento de 0,6% em setembro é atribuído principalmente a três das oito atividades monitoradas pelo IBGE. Móveis e eletrodomésticos lideraram com uma expansão de 2,1%, seguidos por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentaram um aumento sólido de 1,6%. Além disso, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registraram um crescimento modesto de 0,4%.
Entretanto, cinco setores enfrentaram uma queda durante o período em análise. Combustíveis e lubrificantes lideraram as reduções com uma queda de 1,7%, seguidos por tecidos, vestuário e calçados, e livros, jornais, revistas e papelaria, ambos com uma diminuição de 1,1%. Outros artigos de uso pessoal e doméstico e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação também registraram quedas de 0,9% e 0,1%, respectivamente.
No cenário financeiro, a receita nominal acompanhou o otimismo nas vendas, registrando um aumento de 1% em comparação com agosto. No acumulado do ano, a receita apresentou um sólido crescimento de 4,3%, enquanto nos últimos 12 meses, a elevação foi ainda mais expressiva, atingindo 6%.
Considerando o varejo ampliado, que engloba também os segmentos de materiais de construção e venda de veículos e peças, o crescimento foi mais moderado, marcando 0,2%. Essa variação mais branda pode ser atribuída às quedas de 0,9% nos veículos, motos, partes e peças, e 2% nos materiais de construção.
Apesar dos desafios enfrentados por alguns setores, o varejo ampliado ainda apresenta uma ascensão notável, registrando altas de 2,9% em comparação com setembro de 2022. As projeções para o restante do ano e para os próximos 12 meses indicam um cenário promissor, com estimativas de crescimento de 2,4% e 1,6%, respectivamente.
Os dados divulgados pelo IBGE reforçam a recuperação do setor varejista, destacando a resiliência do mercado diante de desafios econômicos. O crescimento nas vendas, impulsionado por diversos setores, sugere uma retomada econômica consistente, criando expectativas positivas para o cenário comercial brasileiro nos próximos meses.