- Ricardo Buzzo
- 04 de outubro de 2022, às 20:53
Recentemente, foi anunciada uma nova regra para as empresas que estendem a licença maternidade de suas funcionárias. A partir de agora, essa extensão será tributada pelo governo, o que tem gerado dúvidas e preocupações entre as empresas e as próprias colaboradoras.
Essa mudança foi estabelecida pela Portaria nº 12, de 3 de novembro de 2020, do Ministério da Economia, que determina a tributação da remuneração das empregadas durante o período adicional da licença maternidade, além dos 120 dias previstos em lei.
Ou seja, caso a empresa opte por estender a licença maternidade de suas funcionárias, terá que arcar com o pagamento dos salários e também com os encargos trabalhistas e previdenciários desses dias adicionais.
Essa medida pode afetar principalmente as empresas que oferecem a extensão da licença maternidade como um benefício para reter e motivar suas colaboradoras. Agora, elas terão que avaliar se vale a pena continuar oferecendo esse benefício ou se é mais vantajoso financeiramente seguir a lei e conceder apenas os 120 dias previstos.
No entanto, é importante destacar que essa mudança não afeta o direito das trabalhadoras de estender a licença maternidade por até 180 dias, conforme previsto na Constituição Federal. Elas ainda terão direito a esse período, mas a empresa não será mais isenta de custos nesse período adicional.
Além disso, é importante que as empresas se planejem e se informem adequadamente sobre essa nova regra, para evitar problemas futuros com o fisco. É essencial que o departamento de recursos humanos ou o setor responsável pelo cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias esteja ciente das mudanças e possa orientar corretamente a empresa e suas colaboradoras.
Vale lembrar que a licença maternidade é um direito garantido por lei, e que as empresas devem cumprir todas as suas obrigações legais, incluindo o pagamento dos salários e encargos trabalhistas e previdenciários durante o período de afastamento da funcionária.
Em resumo, a nova regra que estabelece a tributação da licença maternidade estendida pode afetar o planejamento financeiro das empresas que oferecem esse benefício, mas não altera o direito das trabalhadoras de estender a licença por até 180 dias. É importante que as empresas se informem adequadamente sobre a nova regra e cumpram todas as suas obrigações legais para evitar problemas futuros.