- Jessica Almeida
- 08 de outubro de 2024, às 12:09
Com a pandemia do coronavírus, muitas mudanças significativas foram impostas à nossa sociedade. Como o isolamento social, que se fez necessário para garantir a sobrevivência humana, principalmente num período em que não havia nem previsão para aplicações de vacinas, alterar sua forma de convívio social e se adaptar ao mundo virtual.
Estudantes se adequaram ao ensino à distância e muitos tiveram suas formaturas em conferências remotas. Comerciantes tiveram que recorrer aos aplicativos de delivery para não perder seus consumidores e baixarem suas portas. Gestores e seus colaboradores, dos mais variados tipos de empresas, precisaram se adaptar ao trabalho remoto.
Mesmo com o avanço da vacinação e com a reabertura de alguns eventos e comércios, gestores pós-pandemia ainda precisam lidar com os impactos sociais, culturais e econômicos causados pelo coronavírus e pensar em novas possibilidades de trabalho e de gestão.
Confira quais foram os maiores desafios desses gestores na pandemia, segundo a empresa de consultoria Robert Half.
Bons líderes surgem nos momentos de crise. É o que diziam e é o que acabou ficando evidente durante a pandemia.
Com governos ao redor do mundo estabelecendo medidas de isolamento social, gestores tiveram de agir rapidamente para preservar a continuidade de seus negócios. E, com tantas mudanças sociais, tiveram de readaptar suas atividades, estabelecer novas metas e estratégias e se aproximar de seus colaboradores.
O monitoramento de funcionários tornou-se mais complexo e gestores pós-pandemia tiveram de se mostrar mais participativos e compreensivos com seus colaboradores — qualidades que serão levadas em conta nas novas formas de trabalho.
“Também precisaram entender que planejamento é muito importante, mas que não dá para prever todas as adversidades que podem aparecer. Por isso, empatia por diferentes perfis do time, abertura para novas possibilidades de trabalho e maior aproximação dos gestores com os setores de RH também se mostraram necessárias”, explica a consultoria.
A saúde física e mental dos colaboradores tornou-se prioridade para as empresas. O espaço que antes era apenas um lar, passou a funcionar, também, como ambiente de trabalho. Nisso, trabalhadores começaram a relatar insatisfação com a falta de estrutura para realização do home office e ansiedade pela falta de convívio social.
O cenário econômico do país ficou abalado, pessoas entraram em estado de luto e as incertezas financeiras vieram junto. Rotinas de gestores e colaboradores foram alteradas e o futuro ficou ainda mais imprevisível.
De acordo com dados da Fiocruz, foram por essas razões que os casos de depressão aumentaram em 90% e o número de pessoas com relatos de ansiedade e estresse dobraram.
Gestores pós-pandemia notaram, então, a necessidade de oferecer apoio psicológico aos seus colaboradores, além do incentivo para construírem rotinas com hábitos mais saudáveis.
O LinkedIn, por exemplo, concedeu folga de uma semana para os seus funcionários. Já a própria Robert Half, produziu conteúdos incentivando a promoção de ações voltadas para a saúde mental no trabalho. Ambas empresas mostraram diferentes formas de humanizar suas relações com seus funcionários e clientes.
Com o home office, gestores pós-pandemia precisaram buscar por novos canais de comunicação interna, uma vez que ela sempre foi essencial para um bom comportamento organizacional.
Como os seres sociais que são, os membros de uma empresa precisam do senso de pertencimento, de escuta ativa. E, como membros de equipes, precisam de feedbacks e organização para que não percam a motivação e não deixem de ser produtivos para a empresa.
Ótimas ferramentas encontradas, por gestores pós-pandemia, para manter a fluidez da comunicação em suas empresas foram: o Trello, o Asana e o Notion — plataformas que permitem a personalização do fluxo de trabalho de uma equipe.
“Complementadas com plataformas de videoconferências, como o Zoom ou o Google Meet, essas ferramentas não apenas aproximam equipes diversas (geograficamente, inclusive), como também tornam reuniões mais produtivas e objetivas, e trazem inovação para empresas que desejam um formato híbrido ou apenas virtual de trabalho”, acrescenta a consultoria.
Não apenas oferecer as ferramentas: gestores pós-pandemia também precisaram oferecer treinamentos para que seus colaboradores aproveitassem ao máximo toda a tecnologia da empresa.
Quando bem utilizada, a tecnologia pode otimizar diferentes formas de trabalho, diminuir distâncias e garantir tomadas de decisões mais rápidas.
Ela também pode ajudar o departamento de Recursos Humanos de uma empresa a encontrar — e reter — profissionais mais qualificados, por meio de softwares de avaliação comportamental.
Estudar a forma como as pessoas se comportam e se relacionam dentro de uma empresa é necessário para que elas sejam mais produtivas e para que o ambiente de trabalho seja mais saudável.
Flexibilidade, senso de dono e comunicação foram apontadas como as características mais importantes para os novos cenários de trabalho, em pesquisas realizadas para o Guia Salarial 2022 da Robert Half.
A identificação dessas características é importante não apenas para a contratação de novos funcionários, mas também para a retenção deles em cargos adequados.
“É preciso entender qual o nível de comprometimento e de responsabilidade dos colaboradores da empresa, bem como o nível de suas capacidades para lidar com mudanças e adversidades”, explica Robert Half.
Uma dica para uma boa gestão de pessoas é que a empresa conte com um serviço de recrutamento especializado.
“Nesse tipo de recrutamento, o grau máximo de alinhamento entre os candidatos e a empresa contratante é sempre considerado. Profissionais vão de uma área de atuação para o segmento de recrutamento e, por terem o conhecimento técnico necessário, conseguem encontrar candidatos especializados com maior facilidade”, elucida a empresa de recrutamento.
Com todas as mudanças ocorridas por conta do coronavírus, ficou claro como uma boa comunicação e alinhamento de visões e estratégias de gestores pós-pandemia e de seus colaboradores são fundamentais para quem quiser se adaptar às formas de trabalho.
Fonte: Robert Half