- Ricardo Buzzo
- 09 de março de 2021, às 08:12
O homem mais rico da Babilônia foi escrito pelo autor George Clason em 1926 em forma de parábolas. Apesar de ter sido escrito a quase um século, suas lições ainda são muito atuais e o livro é um clássico das finanças pessoais.
A obra nos remete a antiga Babilônia, onde havia abundância de de riqueza e bens materiais. Aqui friso bens materiais justamente porque a Babilônia não era um território com riqueza de recursos ou bens naturais.
Uma vez que não haviam riquezas naturais, se fazia necessária a utilização da criatividade e do empreendedorismo dos seus habitantes a criar suas próprias riquezas, ou seja, bens que gerassem lucros. É bom ressaltar, afinal não são todas pessoas conhecem as escritas da bíblia ou são estudiosos de história e sabem portanto que Babilônia foi um dos mais importantes centros urbanos da antiguidade.
Algo que pode nos dar uma pequena idéia da importância da antiga Babilônia é o Museu de Pérgamo, na cidade de Berlim na Alemanha que está aberto a visitação. Neste museu pode-se ver algumas estátuas e obras que foram reconstruídas, além de outras construções onde se pode imaginar um pouco sobre a riqueza daquele povo produzida pela sua própria necessidade de criar e produzir algo que os sustentasse.
Os babilônios aprenderam o valor do dinheiro e a melhor maneira de investi-lo, o que é retratado nesta obra literária.
O livro “O homem mais rico da babilônia” inicia quando seus principais personagens que nunca conseguiram acumular nenhuma posse se unem e procuram conhecimento externo para conseguirem algo a mais. O principal protagonista da história é Arkad, que não conseguia separar um dinheiro para economizar até que um dia conhece Algamish. Este era uma espécie de bancário, emprestava dinheiro para as pessoas. Assim Arkad lhe pergunta o que fazer para ter dinheiro como ele.
As ideias principais do livro são sete:
- De cada dez moedas que ganhar, gaste apenas nove.
- Faça orçamento de seus gastos para dar conta de suas necessidades, alguns prazeres e mesmo assim poupar 10%
- Faça o dinheiro multiplicar: aplique em atividades que tragam lucro ou rendimentos
- Guarde dinheiro em lugar seguro, onde haja liquidez e tenha lucro;
- Seja dono de sua própria casa
- Cuide de sua velhice e de sua família fazendo planos de proteção financeira para o futuro. Faça aquilo que ama e torne-se excepcionalmente bom nesta atividade
- Aumente sua capacidade de ganhar: cultive seus poderes, estude, torne-se mais experiente e sábio
O primeiro dos tópicos e um dos mais importantes do livro (pague primeiro a si mesmo) é inclusive citado na obra de Robert T.Kiyosaki em seu livro Pai Rico Pai Pobre que também é uma das minhas recomendações de leitura.
Em o homem mais rico da babilônia é citado também o fato de que você não deve investir em coisas que não se tem conhecimento. Warren Buffet um dos milionários do mercado financeiro tem duas regras:
As possibilidades de erro ao investir em algo que não temo conhecimento, são sem dúvidas quase que certas. Aplicar seu dinheiro de forma segura é a única maneira de enriquecer. Você irá se beneficiar dos juros compostos e deixar o dinheiro trabalhando por você.
Outro tema interessante é o que diz respeito as despesas consideradas “necessárias”. O autor considera que seriam as mesmas tanto para quem recebe um salário muito alto, quanto como para quem recebe um salário mais baixo. No livro é apresentado um conceito que a base é a mesma, e o restante é apenas vaidade, desejo…
Enfim, todas aquelas razões que levam ao consumismo desenfreado causando um suicídio financeiro. O livro “O homem mais rico da Babilônia” de George Clason é um livro de leitura fácil e agradável e com certeza irá agregar muitos conhecimentos sobre finanças e investimentos.