- Maria Paiola
- 24 de fevereiro de 2024, às 08:15
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter as mudanças na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. A decisão foi tomada no dia 03 de fevereiro de 2021 e impacta diretamente empresas que atuam em diferentes estados brasileiros.
A mudança na cobrança do ICMS ocorreu a partir da Emenda Constitucional 87/2015, que estabeleceu novas regras para a partilha do imposto em operações interestaduais envolvendo consumidores finais. Antes da emenda, o ICMS era recolhido apenas no estado de origem do produto. Com a mudança, parte do imposto passou a ser destinado ao estado de destino da mercadoria.
Apesar de já estar em vigor desde 2016, a emenda ainda era objeto de questionamento judicial. O STF, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5469, decidiu pela constitucionalidade da emenda e, consequentemente, manteve as mudanças na cobrança do ICMS.
O impacto dessa decisão é grande para as empresas que realizam vendas interestaduais, pois agora elas precisam calcular e recolher o ICMS em mais de um estado. Além disso, a partilha do imposto pode gerar aumento na carga tributária e burocracia para os negócios.
No entanto, é importante destacar que a mudança na cobrança do ICMS é uma medida importante para a correção de distorções na partilha do imposto entre os estados. Antes da emenda, muitas empresas se instalavam em estados com alíquotas menores do ICMS para realizar vendas para todo o país, o que prejudicava os estados de destino das mercadorias.
Com as novas regras, a partilha do imposto entre os estados fica mais equilibrada, garantindo uma distribuição mais justa da arrecadação. Além disso, a emenda estimula a concorrência entre os estados, já que a alíquota do ICMS de destino é maior do que a do estado de origem, o que incentiva as empresas a se instalarem em estados com alíquotas mais competitivas.
Portanto, apesar dos desafios impostos pela mudança na cobrança do ICMS, é importante que as empresas se adaptem e cumpram as novas obrigações tributárias. Além disso, é fundamental que os empresários compreendam a importância da partilha justa do imposto entre os estados e contribuam para a construção de um sistema tributário mais justo e eficiente.