- Ricardo Buzzo
- 28 de novembro de 2022, às 11:26
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (3) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro trimestre. Esse desempenho positivo supera as previsões do mercado e reflete a força da economia nacional.
Comparado ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 3,3%, com destaque para a indústria, que teve um aumento de 1,8% no segundo trimestre em relação ao primeiro. O setor de serviços também apresentou crescimento, com um avanço de 1%. Em contraste, a agropecuária recuou 2,3% no mesmo período.
O PIB acumulado até o momento totaliza R$ 2,9 trilhões, com R$ 2,5 trilhões oriundos do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões referentes aos impostos sobre produtos. A taxa de investimento no segundo trimestre foi equivalente a 16,8% do PIB, superando os 16,4% observados no mesmo período de 2023.
A indústria teve um desempenho notável, impulsionado pelos setores de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que cresceram 4,2%. O setor de construção também registrou crescimento significativo, com um aumento de 3,5%, seguido pelas indústrias de transformação, que subiram 1,8%. Por outro lado, as indústrias extrativas tiveram uma queda de 4,4% em relação ao trimestre anterior.
No setor de serviços, houve crescimento em diversas atividades, incluindo o setor financeiro e de seguros, que avançaram 2%, informática e comunicação, com 1,7%, e o comércio, com 1,4%. As exportações de bens e serviços aumentaram 1,4% no segundo trimestre, enquanto as importações cresceram 7,6%.
Comparando o segundo trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, a indústria brasileira demonstrou sinais de recuperação, com um crescimento de 3,9%. O aumento do consumo de energia em todas as classes, especialmente a residencial, foi um dos principais fatores que impulsionaram esse resultado.
A construção civil também registrou crescimento expressivo, com uma alta de 4,4%, impulsionada pelo aumento do consumo de insumos básicos como areia, cimento e ferro. As indústrias de transformação, que sofreram quedas consecutivas em 2023, apresentaram uma recuperação, com um crescimento de 3,6%.
O bom desempenho da economia brasileira surpreendeu analistas. Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), destacou que o crescimento foi impulsionado pela recuperação da indústria e do setor de serviços, além do comércio, que também teve um desempenho positivo. Ele ressalta, no entanto, que a atenção deve continuar voltada para a taxa de juros, com expectativas de alta da Taxa Selic, o que pode impactar a atividade econômica no final do ano.
Carlos Lopes, economista do banco BV, também enfatizou que o crescimento do PIB no segundo trimestre superou as expectativas, com uma contribuição significativa da demanda doméstica. Ele apontou que o aumento do consumo das famílias, dos investimentos e das compras governamentais foram fatores essenciais para esse desempenho, apesar dos desafios econômicos.
Os resultados do segundo trimestre demonstram a resiliência da economia brasileira, com crescimento impulsionado pela indústria, serviços e investimento. À medida que as expectativas de alta dos juros se mantêm, é fundamental que as empresas se preparem para os desafios futuros.
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