- Maria Paiola
- 04 de abril de 2024, às 07:53
Existe uma "doença silenciosa" que afeta muitas pequenas empresas que parecem saudáveis. A loja está cheia, as vendas acontecem, o estoque gira... mas no final do mês, não sobra dinheiro em caixa para pagar as contas ou reinvestir.
O diagnóstico, na maioria das vezes, está em um conceito matemático simples, mas perigoso: a confusão entre Markup e Margem de Lucro.
Muitos empreendedores fazem a seguinte conta de padaria: "Se eu comprei este produto por R$ 50,00 e vendi por R$ 100,00, eu tive 100% de lucro."
Se você pensa assim, este artigo é um alerta urgente. Você não teve 100% de lucro. E dependendo dos seus custos operacionais, você pode estar pagando para trabalhar.
O que você fez no exemplo acima (dobrar o preço de custo) foi aplicar um Markup de 100%.
O Markup é um índice multiplicador aplicado sobre o custo de um produto para chegar ao preço de venda. Ele é uma ferramenta útil para precificar rápido, mas ele é traicoeiro porque não mostra quanto dinheiro sobra no seu bolso.
O erro está em achar que o dinheiro que entra no caixa (R$ 100,00) é todo seu. Não é. Sobre esse valor de venda, incidem "mordidas" obrigatórias que comem sua receita antes dela virar lucro.
Diferente do Markup, a Margem de Lucro é a porcentagem real que sobra do preço de venda depois de pagar todas as despesas variáveis atreladas àquela venda.
Vamos refazer a conta dos R$ 100,00 usando a realidade de uma PME no Simples Nacional para descobrir sua margem real:
Preço de Venda: R$ 100,00
(-) Impostos (ex: 10%): - R$ 10,00
(-) Taxa da Maquininha/Cartão (ex: 4%): - R$ 4,00
(-) Comissão de Venda (ex: 3%): - R$ 3,00
(-) Custo da Mercadoria (CMV): - R$ 50,00
O que sobrou (Margem de Contribuição): R$ 33,00.
Sua margem real é de 33%, e não 100%.
E atenção: esses R$ 33,00 (Margem de Contribuição) ainda não são lucro líquido. Eles precisam ser suficientes para pagar o aluguel, a luz, a internet e o seu pró-labore (Custos Fixos) no final do mês. Se a margem for muito apertada, a conta não fecha.
É aqui que a confusão entre Markup e Margem se torna fatal. O dono da empresa, iludido pelo Markup de 100%, decide fazer uma promoção e dar 20% de desconto para o cliente, vendendo o produto por R$ 80,00.
Ele pensa: "Ainda estou ganhando muito acima do custo de R$ 50,00".
Mas quando olhamos para a Margem Real, ao reduzir o preço, ele reduziu drasticamente o que sobra para pagar as contas fixas. Em muitos casos, um desconto mal calculado zera o lucro ou gera prejuízo real em cada venda realizada.
Fazer essa engenharia reversa produto por produto, na calculadora, é inviável no dia a dia do varejo. É por isso que você precisa de um sistema de gestão que faça o trabalho pesado.
No OGESTOR, você tem acesso a vários relatórios que iluminam essas informações. Você insere o preço de custo da mercadoria, e o sistema já leva em conta as alíquotas de impostos (configuradas no módulo fiscal). Você determina a margem de lucro desejada, e o sistema calcula automaticamente o preço de venda ideal.
O mais importante: ele proporciona a segurança de saber que, ao vender aquele item, seus custos estão cobertos e o lucro é concreto, não apenas uma suposição baseando-se nas informações que são fornecidas ao sistema.
Precificação não é "feeling", é matemática. Não deixe seu esforço de vendas ir pelo ralo por causa de um cálculo errado feito na pressa.
Troque o caderninho e a calculadora por uma precificação profissional e automática.
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